A dimensão de sonhos e realidades se tece com palavras.
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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Os olhos



Os olhos não mentem, não. Tentam esconder, mas revelam muito para quem os sabe ler.
São as portas da imaginação. Oceano e ilha misteriosa de sentimentos.
Matéria do corpo e luz da alma.
São esferas, como a Terra. Têm sua imensidão.
Caminhos os ligam à emoção e à razão.
Eles procuram, procuram... O que? Às vezes, em vão. Ou nada.
Percorrem o espaço, absorvem, alimentando-se de cores, de luz.
Luz branda. A força do sol os fere. E a escuridão os dilata.
Com um olhar, até se ama. Até se mata.
Quem lê olhos muito percebe, descobre, aprende. E sabe que eles também podem sorrir.

terça-feira, 20 de abril de 2010

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Chuva



Eu na chuva
E a chuva em mim
Contentamento sem fim.
Eu a dançar com o vento,
E a chuva
Como está fora
E tão dentro assim?

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Dama Palavra



Gotejo minhas letras sobre o papel, como gotas de chuva alimentando a terra.

Seus olhos
podem voar sobre mim
e o que você pode ver
são minhas gotas
tomando a superfície vazia.
Cada parte de mim
é parte de você,
como células invisíveis.
Sou sempre com você.
É seu olhar
que me significa.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Cansaço



Quando se sente
C A N S A Ç O
Na força de cada letra
Pesa o sentir e o sentido
Difícil respirar
Difícil enxergar
O que não se vê facilmente
Difícil mergulhar
Senta-se à beira do mar
Sente-se maresia
Inteiramente
Corpo, coração e mente

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Dama Palavra



Qual é o meu poder?
Qual é a minha magia?
Sou expressão do viver,
A letra da melodia.

Mergulho em teus olhos,
Construo pensamentos.
Sou alma de preces
E de lamentos.

Sou ondas fortes
Nos mares da mente.
De repente, trago choro
Ou sorrisos.
Desperto memórias,
Sonhos adormecidos...
Revelo histórias,
Momentos vividos.

Sou abraço ou saudade,
Mentira ou verdade.
Faço guerra ou união.
Eu sou a canção
Que sempre recordas.
E tu, como todos,
És as cordas.

sábado, 10 de abril de 2010

Dama Palavra



Não sou alguém.
Sou um nome
e cada nome.
Sou uma voz
e todas as vozes.
Sou seu nome, sua voz,
seus pensamentos.
Vivo em espaços virtuais,
aqui e dentro de você.
Posso estar invisível e muda,
mas existo.
Ainda que eu não esteja mais
numa tela,
vivo em sua memória.
Ainda sussurro dentro de você,
respiro com você,
sempre e para sempre.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Poema na porta


UM POEMA NA PORTA (Casa dos Ventos)

Palavras-vento

Se quiser palavras concretas,
Claras, exatas, diretas,
Peça às paredes,
Não a mim.

Essas palavras-tijolo,
De que se constroem pensamentos,
Não soltam riso nem choro,
Não sentem gozo ou tormentos.

Sinta as palavras-vento,
Dentro do quarto e da alma,
Contentes e quentes de sol!

À noite elas vêm, bem tarde,
Frias de lua e saudade
E se deitam em seu lençol.

Rosaly Fonseca

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Livro "Casa dos Ventos"

Vídeo para divulgação do livro "Casa dos Ventos" (contos e crônicas), de Rosaly Fonseca, lançado pela editora Nitpress, em setembro de 2009.
Imagens e edição de vídeo: Rosaly Fonseca



Para adquirí-lo, entre em contato comigo, ou acesse o catálogo online da editora Nitpress:
http://www.libre.org.br/titulo_view.asp?ID=9307